sábado, 7 de setembro de 2013

A Flor Renascida - Reencontro - Parte 1

É, depois de tanto tempo do prólogo pra cá, terminei o primeiro capítulo, cujo nome é Reencontro, como se pode ver no título do post. Como esse capítulo ficou quilométrico (17 fucking páginas no Word!), eu vou postar cada parte separadamente, a cada três ou cinco dias... Ainda tenho que ver como vai ser o ritmo de escrita do capítulo dois, mas acho que vou postar uma parte do primeiro capítulo a cada semana mesmo. Enfim, ri muito enquanto escrevia essa bagaça... O trabalho definitivamente valeu a pena. Amei o resultado, e espero que vocês amem também. E por favor, estou aberta para críticas tanto aqui nos comentários do blog quando no Facebook! Deem seu feedback! :D
De qualquer forma, serão cinco partes e aqui vai a primeira. espero que gostem! ^^




                Dez anos se passaram. Pouco tempo antes do fim do sexto mês, Hana contou a sua mãe sobre as agressões. Não aguentava mais sofrer em silêncio, e sabia que daquele jeito seria melhor. Sua mãe ficara surpresa e triste quando soube do que Hana sofria, mas ainda assim buscou resolver o problema o mais rápido possível. Mudou Hana de escola, e procurou ajuda para melhorar a situação psicológica da filha. Demorou um pouco para Hana parecer melhor, mas depois de dois anos ela enfim parecia estar de volta ao estado normal.

                Mas a verdade é que Hana nunca foi capaz de esquecer tudo o que aconteceu. Era verdade que ela estava muito melhor depois de dez anos, mas ela nunca conseguiu deixar para trás as agressões, os apelidos, e tudo o que sofreu quando mais jovem. Ela frequentemente pensava naquilo, e mesmo que já não se trancasse em seu quarto para chorar sozinha por horas, ainda se sentia muito triste com tudo o que acontecera, tanto é que ainda fazia tratamento psicológico para tentar esquecer seu sofrimento.

Apesar disso, Hana vivia normalmente. Aos 22 anos, trabalhava e estudava para se formar socióloga. Já não vivia mais com os pais, morava em um apartamento dividido com uma amiga da mesma idade que estudava na mesma turma. Yuuko, a garota que dividia o apartamento com Hana, era uma moça muito agitada e bem-humorada, mas ao mesmo tempo era bastante compreensiva com a amiga sempre que necessário. Hana e Yuuko eram melhores amigas e contavam tudo uma à outra, portanto Yuuko sabia de tudo o que Hana passara dez anos antes, e fazia de tudo para tirar aquilo da mente da amiga. Costumava levá-la a festas para apresentar-lhe colegas seus, dizendo que um namorado lhe faria bem, mas Hana não se interessava em relacionamentos amorosos, pelo menos não enquanto se lembrasse de tudo o que Ryuji lhe fizera na escola. Ninguém – nem Yuuko, nem sua mãe – nunca soube disso, mas Hana era apaixonada por Ryuji, mesmo que ele a machucasse mais do que ela podia aguentar. Portanto, ela não queria mais se apaixonar por ninguém, pois temia que seu coração fosse partido mais uma vez, e não sabia se aguentaria uma segunda decepção daquele tipo. Essa era a única coisa que ela nunca contara a Yuuko, que não entendia o que levava Hana a evitar relacionamentos, mas mesmo assim não tentava forçar a amiga a se aproximar de alguém, pois sabia que Hana odiava ser forçada a fazer algo que não queria. De qualquer modo, ela sempre convencia a amiga a frequentar festas e baladas, e foi isso o que ela tentou fazer assim que soube do encontro dos alunos do primeiro ano do ginásio de 2003.

– Ah, Hana! – Dizia Yuuko, tentando convencer a amiga a ir. – Por favor! Vai ser legal! E você ainda pode encontrar algum cara interessante!

– Yuuko, não. – Respondeu Hana, firme. – A única coisa que eu posso encontrar lá é um punhado de lembranças que eu estou tentando esquecer há dez anos.

– Mas Hana-chan, não é porque você sofria na escola que você vai sofrer na festa! Por favor, dez anos se passaram, todo mundo cresceu. Aquele garoto já deve ser grandinho o bastante para saber que o que ele fez não foi e nem é legal. E todos os outros devem saber disso também. Vai lá, vai ser bom para você.

Hana olhou séria para Yuuko.

– Essa é a pior ideia que você teve hoje, Yuuko. Me diga como isso pode ser bom para mim, e talvez eu vá.

– Olha aqui, Hana. – Começou Yuuko. – Não se preocupe. Ninguém vai lhe fazer nada de errado, já falei que eles cresceram. Aquilo lá era coisa de criança desocupada, eles devem saber que não foi legal, é claro que não vão repetir. Vai ser bom para você relaxar, perceber que nunca mais vai passar por aquilo tudo. Por favor, Hana. Confie em mim. Vai dar tudo certo. E se não der, eu enfio a mão na cara do primeiro que te incomodar.

Hana riu. Adorava a capacidade que Yuuko tinha de fazê-la sorrir mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida.

– Tudo bem, eu vou. Mas se algo de ruim acontecer, eu volto para casa na hora.

– Tudo bem, querida, tudo bem. Nada de ruim vai acontecer mesmo. – Disse Yuuko, sorridente. Finalmente tinha conseguido convencer Hana, e sabia que a festa faria bem à amiga.

Faria se Ryuji não estivesse lá.


O que acharam? Omg, que medo das reações ><
Por favor, deem críticas construtivas, se estiver ruim... Quero saber no que posso melhorar a coisa toda. De qualquer forma, obrigada pela atenção, até semana que vem! :D




L-chan~

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